Este artigo descreve a implementação de iniciativas da devida diligência corporativa na União Europeia (UE), incluindo discussões científicas e políticas atuais.
Ele não tem o objetivo de fornecer uma avaliação abrangente das iniciativas atuais de devida diligência. O foco está nas leis introduzidas pela UE para garantir padrões ambientais e de direitos humanos em cadeias de valor internacionais e possíveis conflitos de interesse que possam surgir.
O artigo examina os desafios e as oportunidades para os participantes do cenário comercial e analisa as complexas interações entre os requisitos legais e a prática nas negociações. Isso também inclui uma análise crítica da extensão em que os requisitos da UE influenciarão as transações comerciais com países em desenvolvimento e quais ajustes podem ser necessários para garantir uma implementação justa e eficaz.
Kristina Mensah é consultora em política comercial e agrícola. A especialista trabalhou por vários anos para a Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) onde prestou consultoria sobre o impacto da política agrícola comum (PAC) da União Europeia nos países em desenvolvimento. É bacharel em Nutrição e Ciência Alimentar e tem mestrado em Agriculture and Food Economics pela Universidade de Bonn. Atualmente é doutoranda na Universidade de Hohenheim, área de política agrícola e alimentar com o tema dimensão geoestratégica da política alimentar.
Este documento oferece um panorama da agroecologia no Brasil, desde seus fundamentos históricos e conceituais até as técnicas e tecnologias mais recentes.
Foram listadas diversas escolas agroecológicas, os princípios fundamentais que caracterizam a agroecologia, a robusta base legal que a sustenta, o papel das mulheres, os desafios e as oportunidades que a cercam, assim como as promissoras tendências que moldam seu futuro.
São apresentados números mais atualizados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos que mostram, por um lado, o rápido avanço da adoção dos sistemas de produção agroecológicos e, por outro, o imenso potencial de crescimento para o setor.
Assim, este material abrangente e informativo serve como um guia para quem busca ter uma visão inicial da agroecologia no Brasil em toda sua amplitude e potencial.
Consultor sênior em recursos hídricos, mudanças climáticas, sustentabilidade, meio ambiente e agroecologia na Alfa Consultoria e Gestão de Projetos. É geólogo, tem pós-graduação em: gerenciamento de projetos, ciência e análise de dados, ESG e sustentabilidade corporativa. E-mail: albano@pobox.com.
Em 30 de dezembro de 2024, entra em vigor a lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR). O objetivo dessa regulamentação é garantir cadeias de valor livres de desmatamento para produtos agrícolas que, no passado, se mostraram como fortes impulsionadores do desmatamento no âmbito global. O regulamento abrange as cadeias: soja, óleo de coco, látex, cacau, café, gado e madeira. As empresas sediadas na União Europeia (UE) serão diretamente penalizadas pela EUDR se comercializarem um desses produtos no mercado interno da UE. Essencialmente, a EUDR obriga esses distribuidores a registrarem suas transações com antecedência e enviar uma declaração abrangente de due diligence. Um componente central das obrigações de due diligence são as informações sobre o local exato de produção dos produtos agrícolas colocados no mercado europeu com base em dados de geolocalização.
Além disso, a EUDR exige prova de que a produção está em conformidade com a situação legal aplicável nos países produtores e que os principais princípios dos direitos humanos são respeitados. Embora as partes envolvidas pertencentes ao mercado da UE sejam diretamente afetadas pela EUDR, elas transferem essas exigências para seus parceiros comerciais nos países produtores, que, por sua vez, enfrentam o desafio de fornecer as informações e a documentação necessárias para não perder o acesso aos mercados da UE. Atualmente, observa-se um alto grau de incerteza nos países produtores com relação às exigências regulatórias da EUDR.
Cúpula do IGUAZU (IGUAZU Summit) Entre a Alemanha e diversos países do Mercosul, há uma série de diálogos técnicos e de política agrícola. Essas instâncias organizaram em Puerto Iguazú, Argentina, uma reunião internacional (Cúpula do IGUAZU). O encontro ocorreu nos dias 14 e 15 de março de 2024 e foi discutida a implementação da EUDR com foco nos setores de soja e de carne bovina da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A cúpula teve como objetivo reunir os diversos stakeholders do setor privado, da política e da sociedade civil que, em um formato participativo, identificaram os desafios existentes na implementação da EUDR com o intuito de desenvolver soluções para superá-los.
Relatório Este relatório contém uma análise dos resultados mais importantes da Cúpula do IGUAZU. Entre outras coisas, ficará claro que: a implementação da EUDR está associada a custos regulatórios consideráveis; a infraestrutura para uma implementação sem problemas da EUDR ainda precisa ser significativamente mais desenvolvida; os pequenos agricultores correm um risco particularmente alto de serem excluídos dessas cadeias de valor; e além das lacunas técnicas, também existem problemas de incentivo para que os atores dos países produtores invistam na implementação da EUDR.
Um pré-requisito fundamental para superar esses desafios é o estabelecimento de estruturas de comunicação viáveis entre a UE, as autoridades nacionais de fiscalização e as partes interessadas dos países produtores, a fim de desenvolver conjuntamente soluções para a implementação bem-sucedida da EUDR.
Thomas Dietz é professor de Relações Internacionais e Direito com foco em Desenvolvimento Sustentável. Antes de trabalhar na Universidade de Münster, foi bolsista de pós-doutorado no “Institute of European and Comparative Law” da Universidade de Oxford e membro do Wolfson College. Thomas tem mestrado em ciência política pela Universidade de Bonn e doutorado em direito pela Universidade de Bremen, onde também trabalhou como pesquisador no Collaborative Research Center 597 “Transformations of the State”. Sua pesquisa se concentra nas áreas de política internacional, direito internacional e desenvolvimento sustentável.
Paulo Mortara
Paulo Mortara Batistic é doutorando na Universidade de Münster. Seus interesses de pesquisa envolvem desenvolvimento, comércio sustentável e, especialmente, governança transnacional e aspectos socioambientais das certificações, bem como seus efeitos sobre pequenos produtores em cadeias globais de valor.
O novo regulamento da União Europeia (UE) de combate ao desmatamento representa um passo significativo no combate ao desmatamento nas cadeias de suprimento de commodities agrícolas. No entanto, os requisitos de conformidade para rastreabilidade e transparência têm deixado muitos formuladores de políticas e empresas em países produtores e importadores confusos. No contexto do Brasil, dois produtos exportados afetados por essa legislação são a soja e produtos pecuários, dos quais uma parte substancial chega às fronteiras da UE.
A produção de gado e de soja no Brasil tem sido associada ao desmatamento e à conversão de outros ecossistemas naturais, em especial nos biomas da Amazônia e Cerrado. Atualmente, obter a rastreabilidade e a transparência nas cadeias de suprimento de gado e soja no Brasil apresenta desafios. Este artigo tem como objetivo destacar as oportunidades para parcerias entre os países produtores e consumidores para avançar na implementação de sistemas de rastreabilidade e transparência no Brasil.
O documento descreve os desafios enfrentados por ambos os setores e destaca o papel das iniciativas privadas e públicas na apresentação de soluções construtivas. Este trabalho reflete as discussões desenvolvidas na Força-Tarefa de Rastreabilidade e Transparência da Coalizão Brasil, que trabalha para a construção de uma política nacional de rastreabilidade e transparência que possa contemplar a complexidade das cadeias dos setores produtivos, abrangendo tanto a pecuária quanto a soja.
Isabella Freire é Co-Diretora para América Latina na Proforest. Tem 20 anos de experiência em sustentabilidade no setor do agronegócio, negociação e estabelecimento de parcerias intersetoriais, planejamento estratégico, fornecimento responsável de commodities agrícolas, desenvolvimento e análise de políticas, desenho e gerenciamento de projetos, desenvolvimento de padrões e facilitação de processos. Ela estabeleceu o escritório regional da Proforest no Brasil. É mestre em Política Ambiental pela Cambridge University e bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília.
Cecília Korber Gonçalves
Cecília Korber Gonçalves é gerente de projetos master na Proforest trabalhando com programas de paisagem e colaboração e projetos de compra responsáveis de commodities agrícolas, incluindo carne bovina e soja. Ela tem mais de 15 anos de experiência em grandes corporações e consultoria nas áreas de cadeias agropecuárias, sustentabilidade, certificações socioambientais e mudanças climáticas. Ela tem MBA em Agronegócio e em Gestão de Sustentabilidade, mestrado em Engenharia de Materiais e é graduada em Engenharia Química.
Paulien Denis
Paulien Denis é gerente sênior de projetos na Proforest. Ela trabalha com compra e produção responsáveis de commodities agrícolas, incluindo carne bovina, soja e açúcar. Além disso, ela lidera o trabalho da organização relacionado o clima, vinculando o trabalho da Proforest em DCF, agricultura regenerativa e iniciativas em escala de paisagem aos compromissos climáticos corporativos. Ela é formada em engenharia ambiental e desenvolvimento territorial sustentável.
Carolle Alarcon
Carolle Alarcon é Gerente Executiva da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Ela possui mestrado em Silvicultura Tropical pela Technical University of Dresden, na Alemanha, e bacharelado em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo. Com uma carreira multifacetada, Carolle traz consigo uma rica bagagem cultural e linguística para o seu trabalho no cruzamento da conservação ambiental e políticas públicas com atuação em diversas instituições na região amazônica, assim como na Alemanha e Nepal.
Jorge Sellare, Fernanda Martinelli e Jan Boerner da Universidade de Bonn apresentam neste artigo o papel das inovações bioeconômicas na catalisação de sinergias entre as cinco trilhas de ação para a transformação do sistema alimentar propostas pela Cúpula do Sistema Alimentar da ONU e fazem recomendações relacionadas à sua adoção e gaps de conhecimento. O artigo se concentra em quatro inovações: bioinsumos para produção agrícola, culturas biofortificadas, substitutos de carne à base de plantas e biocombustíveis.
Apesar de seu potencial para transformar os sistemas alimentares, a adoção de inovações bioeconômicas ainda é baixa. Para subsidiar o desenvolvimento e a adoção em larga escala de inovações bioeconômicas são sugeridos três conjuntos de ações. Primeiro, marcos regulatórios claros e coerentes para impulsionar os investimentos e facilitar o acesso a estas tecnologias, reduzindo seus custos. Segundo, construção de um corpo mais robusto de pesquisas científicas sobre os impactos dessas tecnologias em cenários da “vida real” para estimular o aumento do apoio público. Terceiro, a mudança das preferências dos consumidores por produtos alimentares mais sustentáveis exigirá provavelmente a implementação de políticas de consumo, como, por exemplo, a introdução de impostos especiais de consumo relacionados com o clima.
Em suas conclusões os autores enfatizam que processos de mudança tecnológica não são neutros e podem resultar em aumento das desigualdades se grupos vulneráveis não puderem acessar essas inovações ou se não puderem se beneficiar das novas oportunidades de negócios trazidas pelo processo de mudança.
Jorge Sellare é pesquisador sênior e líder de grupo no Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento (ZEF) da Universidade de Bonn, Alemanha.
Fernanda Silva Martinelli
Fernanda Silva Martinelli é pesquisadora doutoranda Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento (ZEF) da Universidade de Bonn, Alemanha. E-mail: fernanda.martinelli@uni-bonn.de
Jan Börner
Jan Börner é professor de Economia do Uso Sustentável da Terra e Bioeconomia no Institute for Food and Resources Economics (ILR) e no Center for Development Research (ZEF) da Universidade de Bonn, Alemanha.
O Brasil é um dos líderes globais na produção e adoção de bioinsumos no campo. O desenvolvimento de novos produtos de origem biológica é uma tendência crescente no mercado nacional. Com o avanço da produção e incorporação dos bioinsumos na agropecuária, o país tende a se beneficiar econômica e ambientalmente. Mas a popularização dos bioinsumos também traz consigo preocupações.
Neste instigante artigo, os autores Daniel Vargas, Fernanda Valente, Cícero Lima e Sabrina Matos – pesquisadores da Fundação Getulio Vargas – apresentam e debatem o status geral dos bioinsumos no Brasil a partir de duas perspectivas complementares: a econômica e a regulatória. Um debate fundamental para a sustentabilidade da agropecuária brasileira.
Daniel Vargas é professor da FGV Escola de Economia de São Paulo, da FGV Direito Rio e Coordenador do Observatório de Bioeconomia da FGV. Doutor e Mestre em Direito pela Harvard Law School. Foi secretário de desenvolvimento sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, entre outros cargos no setor público.
Fernanda Valente
Doutora em Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP). É pesquisadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Tem experiência com estatística espacial e espaço temporal com aplicações em mudanças climáticas e epidemiologia, econometria de séries temporais, estatística Bayesiana e métodos computacionais em estatística.
Cícero Lima
Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa. Foi estudante visitante no MIT Joint Program on the Science and Policy of Global Change e Postdoc research associate no Department of Agricultural Economics da Purdue University – IN, USA.
Sabrina Carlos
Doutora em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). É pesquisadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Atua nas áreas de Economia dos Recursos Naturais e Ambientais, Economia Agrícola, Desenvolvimento Sustentável e Bioenergia.
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que rejeitou a tese do marco temporal, garantindo os direitos constitucionais dos povos originários, é mais um exemplo da necessidade de construção de um novo pacto político no mundo rural brasileiro. É o que defende, nesta publicação, o cientista político Wellington Almeida.
O autor avalia as possibilidades de o país encontrar um novo caminho para construir pontos de convergência em torno dessa conflituosa e explosiva disputa, que contém impasses históricos.
O texto destaca a retomada do protagonismo brasileiro no tema ambiental, a partir da vitória eleitoral do presidente Lula, nas eleições presidenciais de 2022. Seu argumento principal é que há, na atual conjuntura, uma rara oportunidade geopolítica para se repensar essa agenda.
Wellington Almeida é doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor associado na Universidade de Brasília (UnB). Foi pesquisador visitante na School of International and Public Affairs da Universidade de Columbia e professor visitante na Escola de Estudos Orientais e Africanos (SOAS) – Universidade de Londres.
Historicamente a produção brasileira de carne bovina está ligada a uma vasta devastação ambiental e agora encontra-se em uma encruzilhada. As discussões sobre o acordo comercial União Europeia – Mercosul aumentam ainda mais a importância de questões cruciais de sustentabilidade, mas, por outro lado, podem apoiar transformações no setor.
Neste artigo os autores analisam a situação e alertam que as extensas áreas de pastagens degradadas são o Calcanhar de Aquiles do Brasil, mas também seu grande patrimônio. Mudanças na produção de carne bovina, que liberem espaço para a agricultura e o reflorestamento, e, ao mesmo tempo, melhorem as práticas dos produtores, podem ajudar a aumentar a credibilidade do Brasil entre os clientes internacionais.
Em vez de boicotar a carne bovina brasileira, os compradores europeus podem fazer uma diferença maior ao direcionar o consumo para apoiar as mudanças necessárias no setor.
Professora e pesquisadora do Insper Agro Global, São Paulo, especialista em agronegócios com foco nas indústrias de insumos agrícolas e cadeias agroindustriais. Camila tem interesse em temas agroambientais e relacionados ao comércio internacional. Ela é engenheira agrônoma (Esalq-USP) e tem doutorado em Administração e Contabilidade (FEA-USP).
Niels Søndergaard
Niels tem doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, Brasil (2018), mestrado em Estudos Globais com especialização em Ciência Política pela Universidade de Lund, Suécia (2014). O seu foco de pesquisa é produção agrícola, comércio e governança.
Com a aprovação do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, sigla em inglês) serão proibidos a importação de produtos agrícolas ligados ao desmatamento a partir do final de 2024. A EUDR aplica-se a produtos oriundos de qualquer país de fora da União Europeia (UE).
As percepções a respeito da EUDR nos países produtores são mistas. Enquanto alguns grupos ambientalistas veem na normativa da UE um apoio aos seus esforços contra o desmatamento, outros atores veem o conteúdo e a implementação do regulamento como bastante problemáticos.
Neste estudo, Camila Dias de Sá do think tank “Insper Agro Global” e Niels Soendergaard da Universidade de Brasília procuram responder à pergunta: qual serão os impactos que a EUDR terá sobre as exportações brasileiras de produtos agropecuários para a UE?
Por meio de entrevistas com atores-chave do setor agroalimentar, ONGs e diplomacia foi possível obter um panorama sobre a percepção dos efeitos da EUDR no Brasil.
Niels tem doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, Brasil (2018), mestrado em Estudos Globais com especialização em Ciência Política pela Universidade de Lund, Suécia (2014). O seu foco de pesquisa é produção agrícola, comércio e governança.
Camila Dias de Sá
Professora e pesquisadora do Insper Agro Global, São Paulo, especialista em agronegócios com foco nas indústrias de insumos agrícolas e cadeias agroindustriais. Camila tem interesse em temas agroambientais e relacionados ao comércio internacional. Ela é engenheira agrônoma (Esalq-USP) e tem doutorado em Administração e Contabilidade (FEA-USP).
A agricultura orgânica e o mercado de orgânicos na Alemanha cresceram rapidamente nos últimos 20 anos. Desde 2000, a área de produção orgânica mais do que triplicou, e as vendas no varejo aumentaram mais de sete vezes. Em 2022 a área de produção orgânica era de 11%. Em 2021, ano do auge da pandemia de Covid-19, as vendas no varejo atingiram sua maior participação, 7%. Com relação ao faturamento de vendas agrícolas, os produtores de alimentos orgânicos atingiram uma participação de 7%.
Esse desempenho ainda está longe de atingir a meta do governo alemão, que é obter 30% da produção orgânica até 2030. Entretanto, é importante destacar que muitas medidas foram essenciais para fomentar a obtenção do patamar atual.
Esta publicação apresenta fatores que contribuem para o sucesso e os obstáculos da agricultura orgânica, bem como as perspectivas para o seu desenvolvimento futuro. Além disso, há primordialmente uma análise sobre o cultivo e a produção, mostrando como a agricultura orgânica, que inicialmente baseava-se nas pastagens, se intensificou ao longo dos anos. A maior parte dos produtos que também pode ser produzida na Alemanha, teve uma diminuição em sua importação. Os preços dos produtos orgânicos, no âmbito do produtor e do consumidor, são mais estáveis do que nos mercados convencionais, o que facilita o planejamento do desenvolvimento do mercado, mas torna sua reação pouco flexível às mudanças. O processamento de produtos orgânicos está se desenvolvendo em estruturas cada vez mais amplas. Os varejistas de alimentos estão assumindo parcelas cada vez maiores do mercado de orgânicos, e substituem cada vez mais os antigos pioneiros no comércio de alimentos naturais. Com relação às políticas públicas, a introdução do “Selo Orgânico Alemão” claramente apoiou esse desenvolvimento e, mais recentemente, a estratégia para o desenvolvimento futuro da agricultura orgânica envolve todo o setor no processo de desenvolvimento.
Embora desde meados de 2022 o mercado de orgânicos tenha se enfraquecido devido ao surgimento da inflação, aos aumentos de custos associados e os números de vendas tenham caído, pela primeira vez na história, isso não significa uma reviravolta fundamental. Por um lado, as mudanças climáticas e a necessidade de mudanças nos processos produtivos agrícolas e de consumo nutricional associado continuam a ser parte integrante das decisões políticas, por outro, há as atividades econômicas.
Os analistas da Empresa de Informações do Mercado Agrícola (AMI, sigla em alemão) – a principal empresa de informações sobre o mercado agrícola na Alemanha – Hans-Christoph Behr, Diana Schaack, Christine Rampold, Thomas Els e Tim Boenigk, analisaram as diversas questões relacionadas ao desenvolvimento do mercado de produtos orgânicos na Alemanha nos últimos 20 anos e depreenderam oportunidades de desenvolvimento para o futuro.
Hans Christoph Behr é doutor em agronomia e atua na Empresa de Informações do Mercado Agrícola (AMI, sigla em alemão) como diretor das áreas de agricultura orgânica e pesquisa ao consumidor. É especialista de mercado para frutas e verduras com mais de 30 anos de experiência profissional. Além da sua atividade como analista de mercado, é autor de diversos estudos sobre frutas, verduras, outras publicações especializadas e escreve pareceres a respeito de consultorias elaboradas para a esfera política e para a central de relatórios mercadológicos italiana ISMEA. Ele possui contatos consolidados com empresas e organizações no setor de frutas e verduras e é um palestrante renomado em eventos nacionais e internacionais.
Diana Schaack, engenheira agrônoma, atua desde 2009 na AMI como analista de mercado responsável pela agricultura orgânica; possui duas décadas de experiência na análise de mercado neste setor. Ela observa e analisa os mercados orgânicos para a pecuária de corte e cereais, elaborando projeções para o desenvolvimento nacional e internacional. Além de acompanhar as mudanças do mercado, já liderou diversas pesquisas financiadas pelo governo federal e os governos estaduais na Alemanha utilizadas no desenvolvimento de políticas públicas. É autora de uma ampla gama de publicações especializadas e uma palestrante de renome que atua em eventos nacionais e internacionais.
Christine Rampold
Christine Rampold, engenheira em horticultura, atua desde 2010 na AMI como especialista e analista de mercado em agricultura orgânica. Sua competência principal é a observação e a elaboração das situações do mercado atual. Ela escreveu uma série de publicações especializadas para o setor orgânico e profere palestras regularmente sobre a situação atual do mercado de orgânicos em eventos especializados.
Thomas Els
Thomas Els, economista, vice-diretor de pesquisa ao consumidor na AMI Bonn. Atua desde 2009 como analista de mercado na área de pesquisa do consumidor. Durante muitos anos atuou em diferentes organizações/empresas de pesquisa de mercado e de consumo. Atua nos setores agrário e de alimentação. É autor e palestrante sobre temas relacionados ao consumo e a preços de alimentos do consumidor. Liderou diversos projetos e estudos contratados por agentes públicos e privados sobre temas relevantes no setor de alimentação.
Tim Boenigk
Tim Boenigk, mestre em agronomia, atua desde outubro de 2022 como gerente de produtos júnior na área de agronegócios da AMI. Acompanha as rotinas do setor da agricultura orgânica e coopera com projetos internos da empresa. Em sua formação acadêmica especializou-se na área de culturas agrícolas.
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